O ano de 2021 está quase chegando ao seu final e com ele, fica a esperança da pandemia acabar também. Em alguns países, essa realidade é bem próxima, enquanto em outros, nem tanto. Levando isso em consideração, no ano passado, houve uma redução de 52% no valor das despesas globais com viagens corporativas. Nos Estados Unidos, maior mercado de viagens, a queda foi de 71%, representando U$94 bilhões. Por isso você pode ter lido que o retorno das viagens corporativas se daria de forma lenta.
Muita coisa mudou de 2020 para 2021, e o avanço da vacinação contribuiu para que muitas empresas estejam voltando à ativa. Apesar de não ser muito claro quando vamos atingir a imunidade de rebanho, a porcentagem de pessoas vacinadas cresce cada vez mais. E isso faz com que as empresas estejam se organizando para se encontrarem com seus clientes.
Pensando nesse retorno e nos possíveis cenários que uma empresa pode enfrentar ao viajar, nós resolvemos trazer alguns dados dos Estados Unidos, que já estão voltando ao normal.
O que mudou para que as viagens voltem?
Quando olhamos a situação da vacinação nos EUA, temos que cerca de 56% da população já foi completamente imunizada. Por esse motivo, é possível prever que a imunização de rebanho deve acontecer entre o final do 3º trimestre e o início do 4º trismestre de 2021. Lembrando que ela não irá acontecer de uma vez só por todo o país: algumas regiões possuem mais chance de atingirem primeiro, além de depender também das variantes do COVID-19 e o quanto elas estão se disseminando.
Já no Brasil, com o avanço da vacinação, hoje nós contamos com cerca de 40% da população já totalmente imunizada. Segundo diversos portais de notícias, o esperado é que as coisas comecem a voltar ao normal ali pelo final do primeiro trimestre ou início do segundo semestre de 2022, o que faz sentido, já que os Estados Unidos, que estão com a vacinação adiantada, têm a chance de atingirem isso por agora. E por isso as empresas começam a se preparar agora, tanto para o retorno ao presencial, quanto para o retorno das viagens.
Para muitas empresas o COVID-19 permitiu que descobrissem maneiras mais flexíveis de trabalho, além de várias ferramentas para conseguirem substituir as viagens... Mas e quando as viagens são insubstituíveis?
Segundo uma pesquisa da McKinsey&Company, nos Estados Unidos, cerca de 30% dos executivos ainda não sabem como vão ficar as viagens corporativas após a pandemia, enquanto outros 28% descreveram os planos de suas empresas como vagos. Além do mais, existem quatro realidades para as viagens a trabalho dos EUA: aqueles que nunca pararam de viajar, aqueles que nunca vão voltar a viajar, aqueles que têm medo de perderem as melhores oportunidades e os que estão esperando para decidir.
Essas realidades foram baseadas nos setores do mercado, mas elas podem coexistir na mesma empresa - algumas realidades mais provavéis de acontecer do que outras.
Nunca pararam de viajar: são aquelas empresas que não podem ficar sem viajar e que videochamadas não conseguem resolver seus problemas. Assim que as restrições de fronteiras foram amenizadas, eles já voltaram. Essas empresas representam 15% dos negócios que realizaram viagens em 2019. Inclui empresas de manufatura, fábricas e trabalhadores do campo. Aqueles que se demonstraram relutantes em continuar viajando, foram de carro particular.
Nunca mais irão voltar: essas empresas contribuíram com 1/5 dos gastos em viagens corporativas em 2019, mas descobriram que a partir de agora, podem economizar esse valor. Eles se adaptaram às tecnologias existentes para suprir as viagens e planejam continuar assim. Um exemplo são algumas redes de restaurantes que além de conseguirem substituir as viagens por vídeochamadas, agora conseguem fazer a supervisão de seus restaurantes através de plataformas online. Pode ser que quando tudo voltar ao normal eles ainda façam uma ou outra viagem, mas no geral, o previsto é cortar os gastos com essa categoria.
Os que têm medo de perder as melhores oportunidades: essas empresas fazem parte de 60% das que viajaram em 2019 e provavelmente serão as que irão aquecer a recuperação das viagens. Geralmente essas empresas viajam para criarem um bom relacionamento com clientes importantes. As pequenas e médias empresas devem voltar mais rápido, pois não passam por todas as burocracias que as grandes empresas têm que passar ao realizar uma viagem. As chances de acontecer um efeito dominó são bem altas, já que assim que a primeira pequena empresa começar a viajar, as empresas rivais também vão querer voltar. Uma pesquisa da Global Business Travel Association no início desse ano, relatou que 50% dos entrevistados estavam desenvolvendo um cronograma para voltar a viajar.
Os que estão esperando para decidir: geralmente são empresas de setores que não são muito competitivos, tendo contribuído com cerca de 5% das despesas de viagens realizadas em 2019. Geralmente vêm do setor público, associações e organizações sem fins lucrativos. Durante a pandemia, muitas dessas associações conseguiram fazer eventos online e por isso serão mais cautelosos ao voltar à viajar.
Entretanto, mesmo dentro dessas realidades, é importante lembrar que o retorno das viagens também irá depender do objetivo e da distância.
Quando analisamos esse quadro, devemos levar em consideração que mesmo as empresas que não pararam de viajar, estão encontrando dificuldades quanto às viagens internacionais, já que eles dependem das aberturas das fronteiras. Por outro lado, as empresas que não pretendem voltar a viajar, podem abrir excessões para conferências regionais.
O retorno de fato das viagens corporativas no Brasil está cercado por incertezas. Alguns viajantes precisarão se adaptar às diversas mudanças que ainda vão acontecer, enquanto outros podem se dar ao luxo de esperar tudo voltar ao normal. A verdade é que essa imprevisibilidade provavelmente irá continuar até o início do ano que vem, mas se cada um fizer a sua parte e se planejar bem, o retorno será cada vez mais rápido.
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8 de jul. de 2022