Outubro de 2021 - Não é novidade para ninguém que o setor do turismo foi um dos mais afetados pela crise provocada pela pandemia do coronavírus no mundo todo. O World Travel and Tourism Council estima que a pandemia tenha impactado 53% do total de empregos gerados pelo setor de turismo globalmente. O turismo de negócios, ou corporativo, foi o que sofreu mais e foi um dos primeiros a sentir os impactos causados pelas políticas de restrições, cancelamento de viagens e fechamento de fronteiras.
A pandemia fez com que empresários e trabalhadores do mundo todo se adaptassem e fizessem à distância o que sempre fizeram pessoalmente, face a face. E o setor percebeu que não precisa de uma grande estrutura presencial para atender seus clientes. Muitas coisas podem ser feitas de forma online, e por isso houve uma flexibilização em muitos serviços oferecidos no turismo. Criando tendências e acelerando cada vez mais a transformação digital no setor, que está mais forte do que nunca.
Mesmo com a pandemia ainda acontecendo por todo o Brasil, muitas regiões já estão retomando as atividades econômicas, o que inclui também o turismo de negócios. E sabemos que essa retomada vem com muitas transformações, principalmente no que diz respeito às relações de trabalho. Muitas empresas estão repensando o seu modelo de trabalho e de espaço físico, e cada setor, organização e pessoa possui um sistema ideal.
Um estudo realizado pela IDC aponta que 43% das pessoas afirmam que o modelo híbrido de trabalho já foi definido pelas empresas onde trabalham como padrão após a pandemia. Nas empresas que ainda não decidiram o modelo (33%), 59% dos entrevistados afirmaram que desejam um modelo híbrido, mesclando o home office com a ida regular ao escritório. Entre a parcela mais jovem (18 a 21 anos) desse grupo o desejo é ainda mais acentuado: 76% querem uma rotina de trabalho híbrido.
A pandemia provocou em todo o mundo uma grande mudança na cultura de colaboração no ambiente de trabalho e as empresas tiveram de tornar este modelo possível de uma hora para a outra. A tecnologia foi o que nos manteve conectados. Com a vacinação da população ganhando tração, as companhias começaram a retomar suas viagens corporativas e as relações de trabalho físico aos poucos, é uma tendência que está acontecendo nos Estados Unidos, por exemplo, em empresas como Apple, Uber, Google e Facebook - que inclusive estão investindo na construção de novos escritórios - e em diversas organizações no Brasil também.
O híbrido ganha cada vez mais capilaridade no nosso dia a dia, porém sabemos que grande parte das pessoas prioriza o contato pessoal. Muitos negócios são fechados com apertos de mão, muitas coisas acontecem no olho a olho. Existe um desejo das pessoas de uma retomada presencial, mesmo que com a presença do mundo online, e é isso que vai apoiar a volta do turismo corporativo em 2022 com força.
Formada em Administração de Empresas na UFU e em Direito pela Unitri, Bianca Pereira possui experiência robusta no segmento de turismo B2C e B2B tendo construído uma carreira sólida nas áreas de Gerenciamento de Projetos, Marketing e Customer Experience. Empreendedora em série, a executiva é ex-fundadora da Sling (Empresa de Growth Marketing B2B) e da Bags and Wings (Startup de Viagens B2C).
8 de jul. de 2022