Marketing Digital

Como Labubu, Morango do Amor e Bobbie Goods redesenham o marketing

Como Labubu, Morango do Amor e Bobbie Goods redesenham o marketing

Como Labubu, Morango do Amor e Bobbie Goods redesenham o marketing

Na imagem, vê-se uma mão segurando um Labubu, um bichinho de pelúcia roxo, com olhos grandes, nariz pequeno e sorriso de orelha a orelha com dentes pontudos proeminentes. Ele também tem orelhas pontudas e é roxo.
Na imagem, vê-se uma mão segurando um Labubu, um bichinho de pelúcia roxo, com olhos grandes, nariz pequeno e sorriso de orelha a orelha com dentes pontudos proeminentes. Ele também tem orelhas pontudas e é roxo.
Na imagem, vê-se uma mão segurando um Labubu, um bichinho de pelúcia roxo, com olhos grandes, nariz pequeno e sorriso de orelha a orelha com dentes pontudos proeminentes. Ele também tem orelhas pontudas e é roxo.

As últimas trends do momento, que envolvem Labubu, Morango do Amor e Bobbie Goods podem, à primeira vista, parecer peças isoladas em um quebra-cabeça de cultura pop que dura pouco. No entanto, ao olhar mais de perto, percebe-se que a fusão entre nostalgia, estética lúdica e desejo por expressão pessoal andam juntos. Para empresas de marketing, compreender essas forças é mais do que uma oportunidade; é uma chance de revisitar os próprios valores e reposicionar a atuação da empresa de forma autêntica, contemporânea e sensível às subjetividades emergentes.


Labubu, o personagem criado pela artista Kasing Lung e produzido pela Pop Mart, é mais do que um toy colecionável. Ele representa um universo afetivo que mistura melancolia e doçura, capturando o fascínio atual por figuras que remetem à infância, mas com camadas que ressoam no público adulto. Já o Morango do Amor, o fenômeno nacional que começou como conteúdo viral no TikTok, virou febre. Influenciadores e usuários da própria rede e de outras começaram a testar a receita e, inclusive, postaram aquelas que deram errado (o Morango do Terror!). Bobbie Goods, por sua vez, projeta um universo encantado de cores pastel, formas simples e personagens reconfortantes, consolidando-se como um território visual que combina bem-estar, criatividade e escapismo.


Todas essas expressões têm algo em comum: elas dialogam com um consumidor em busca de refúgio simbólico, mas também de pertencimento. Estão menos ligadas a tendências de curto prazo e mais a microculturas com vocabulários próprios, tanto visuais quanto emocionais. Para marcas e agências, o risco não está em se conectar a essas linguagens, mas em fazê-lo de forma superficial, oportunista ou descolada. A aproximação com esse tipo de tendência exige não apenas leitura cultural, mas também uma escuta ativa das comunidades que as criam e sustentam.


A chave está em manter a integridade do próprio processo criativo e da cultura organizacional ao se inspirar nessas estéticas. Em vez de adotar essas referências como “fantasias” temporárias para campanhas, é mais produtivo compreendê-las como indicadores de clima social.


O mercado atual já não aceita bem a apropriação sem envolvimento, nem a performance de autenticidade. O consumidor que se identifica com essas tendências é, em geral, também um produtor cultural, um curador do que consome e um crítico atento. Portanto, o papel das empresas de marketing não é apenas surfar nas tendências, mas entendê-las como portas de entrada para novas oportunidades.


Ao se conectar com esses movimentos sem renunciar à própria essência, as empresas não apenas permanecem relevantes, mas também se tornam mediadoras legítimas entre marcas e uma cultura em constante mutação.