Marketing Digital

As agências não vão acabar, mas precisam se organizar

As agências não vão acabar, mas precisam se organizar

As agências não vão acabar, mas precisam se organizar

Há quatro pessoas sentadas em uma mesa. Uma está em pé. Elas não aparecem por inteiro na imagem, apenas do pescoço para baixo. Há notebooks em cima da mesa e alguns outros materiais espalhados, como caregadores e estojos.
Há quatro pessoas sentadas em uma mesa. Uma está em pé. Elas não aparecem por inteiro na imagem, apenas do pescoço para baixo. Há notebooks em cima da mesa e alguns outros materiais espalhados, como caregadores e estojos.
Há quatro pessoas sentadas em uma mesa. Uma está em pé. Elas não aparecem por inteiro na imagem, apenas do pescoço para baixo. Há notebooks em cima da mesa e alguns outros materiais espalhados, como caregadores e estojos.

Em um movimento polêmico, a Meta levantou recentemente a bandeira do fim das agências. Não é a primeira vez que uma big tech profetiza a extinção de intermediários criativos e estratégicos. Em nome da eficiência, escalabilidade e dados, plataformas como Meta (Facebook), Google e Amazon constantemente empurram as marcas para estruturas mais enxutas, mais técnicas e, claro, mais dependentes delas mesmas.


A Meta não quer acabar com as agências por ideologia. Ela quer intermediar diretamente o orçamento das marcas. Quando a Meta fala em Inteligência Artificial (IA) e dados como substitutos das agências, ela está promovendo uma visão centrada em automação de mídia, não em construção de marca, estratégia de longo prazo ou sensibilidade cultural.


A crítica é válida. Muitas agências ainda operam em modelos lentos, desconectados de dados e com pouca agilidade. Mas isso não significa que seu papel deixou de existir. Significa apenas que ele precisa ser reorganizado.


O novo papel das agências


O que as agências precisam entender é que o que está em xeque não é a existência delas, mas a relevância organizacional.


A transformação que se exige hoje é menos sobre criar com IA e mais sobre reorganizar times, processos, ferramentas e entregas para um novo tempo. Isso exige:


  1. Redesenho das estruturas operacionais


Squads multidisciplinares, sprints de entrega contínua, product managers criativos, cientistas de dados plugados desde o briefing. A agência do futuro é modular, sem muros entre criação, mídia, dados e tecnologia.


  1. Governança de Inteligência Artificial


Não basta usar IA como um brinquedo criativo. É preciso desenvolver frameworks éticos, operacionais e criativos para a adoção de IA generativa, desde a produção até a estratégia. O uso responsável, rastreável e inteligente dessas ferramentas será um diferencial competitivo real.


  1. Integração com dados do cliente


É hora de parar de trabalhar no vácuo. Agências precisam estar integradas a Gerenciamento de Relacionamento com o Cliente, Plataforma de Gerenciamento de Dados e Plataforma de Dados do Cliente, traduzindo dados em narrativas estratégicas e criativas com impacto real de negócio.


  1. Reposicionamento como arquitetas de ecossistemas


Mais do que entregadoras de peças, as agências precisam ser sistemas operacionais criativos, que orquestram canais, dados, testes, cultura e performance em ciclos contínuos de aprendizado e melhoria.


Confundir eficiência operacional com estratégia de marca é um erro clássico de quem vê o marketing apenas pela lente da performance. As marcas que sobreviverão não são apenas as mais eficientes; são as mais relevantes, coerentes e culturalmente vivas. Isso ainda exige algo que a IA, por enquanto, não domina: sensibilidade e contexto. A mudança no modelo de agência começa com estrutura interna, processos, cultura e posicionamento estratégico.