Como manter a personalização das experiências do usuário sem depender de cookies de terceiros? A resposta está na adoção inteligente de dados Zero-Party e First-Party, ativos que colocam o consumidor no centro das estratégias.
Neste blog post, vamos entender o que são esses tipos de dados, por que são tão estratégicos no e-commerce e como aplicá-los de forma eficaz.
O que são Zero-Party e First-Party Data?
Zero-Party Data são dados que o consumidor compartilha de forma intencional e proativa com a marca. Eles podem incluir:
Preferências de produto;
Intenções de compra;
Informações de estilo de vida;
Feedbacks em enquetes ou quizzes.
Esse tipo de dado não precisa ser “coletado” via rastreamento. O próprio cliente entrega essas informações em troca de uma experiência mais relevante.
First-Party Data, por sua vez, são os dados coletados automaticamente a partir da interação do consumidor com os canais da empresa, como:
Histórico de navegação e compras no e-commerce;
Dados de CRM (como nome, e-mail e telefone);
Interações via SAC, aplicativos, redes sociais e campanhas próprias.
Esses dados são obtidos diretamente da fonte, sem intermediários, e respeitam os termos de consentimento e privacidade (como os exigidos pela LGPD).
Por que eles são cruciais para o e-commerce?
Empresas que operam no ambiente digital precisam entender profundamente seus consumidores para oferecer experiências personalizadas, fidelizar clientes e aumentar conversões. É aí que Zero-Party e First-Party Data se tornam peças-chave:
Foco na personalização sem violar a privacidade
Com a possibilidade de fim dos cookies de terceiros nos principais navegadores, as marcas não podem mais depender de dados de plataformas externas para rastrear o comportamento dos usuários. O uso de dados próprios, consentidos e coletados com transparência, permite personalizar ofertas, e-mails e recomendações sem infringir diretrizes legais ou éticas.
Melhor qualidade e relevância dos dados
Diferente de dados de terceiros (Third-Party), que muitas vezes são imprecisos ou desatualizados, os dados próprios são mais confiáveis e relevantes para as estratégias da empresa. Afinal, eles refletem comportamentos e preferências reais dos próprios clientes.
Aumento da taxa de conversão
A personalização baseada em dados próprios impacta diretamente na experiência do usuário. Um cliente que recebe sugestões de produtos alinhadas com suas preferências e histórico tem mais chances de finalizar a compra, e voltar a comprar.
Redução de dependência de mídia paga
Ao entender melhor seu público, a marca consegue segmentar campanhas de forma mais inteligente, reduzindo o custo de aquisição por cliente (CAC) e aproveitando melhor seus próprios canais, como e-mails e push notifications.
Como aplicar dados Zero e First-Party no e-commerce?
1. Crie pontos de coleta inteligentes
Ofereça quizzes de estilo, formulários personalizados no onboarding ou enquetes rápidas durante a navegação. Dê um motivo claro para o consumidor compartilhar suas preferências (como acesso antecipado a lançamentos ou descontos personalizados).
2. Unifique os dados em uma CDP (Customer Data Platform)
Centralize todas as informações do cliente (Zero e First-Party) em uma plataforma que permita segmentação e acionamento em tempo real. Isso viabiliza campanhas altamente personalizadas e omnichannel.
3. Use os dados para criar jornadas de compra inteligentes
Mapeie os dados de comportamento e preferências para construir automações de marketing que entreguem o conteúdo certo, no canal certo e na hora certa. Exemplo: um cliente que sinalizou interesse por calçados pode receber uma campanha focada em tênis esportivos que estão em promoção.
4. Teste, aprenda e otimize
A coleta de dados próprios é um processo contínuo. A cada nova campanha ou ação de engajamento, você tem a oportunidade de aprender mais sobre seu cliente e refinar ainda mais sua estratégia.
Zero-Party e First-Party Data são mais do que alternativas aos cookies: são ativos estratégicos que permitem que marcas online construam relações genuínas, duradouras e altamente lucrativas com seus consumidores. Se a sua marca ainda depende de dados de terceiros, o momento de transição é agora.