No marketing digital, poucos elementos têm tanto impacto nos resultados de uma campanha quanto o criativo. Mais do que apenas o visual, o criativo é a ponte entre a marca e a atenção do público. A pergunta que muitos gestores fazem é: existe um formato certo de criativo que realmente converte?
A resposta é mais complexa do que “sim” ou “não”. Embora não haja uma fórmula universal, há dados, tendências e boas práticas que mostram quais formatos têm se destacado em termos de conversão.
Criativos em vídeo: líderes de engajamento e conversão
Estudos apontam que formatos em vídeo superam imagens estáticas em até 70% nas taxas de cliques (CTR). O motivo é simples: o vídeo combina movimento, narrativa e emoção, o que prende a atenção por mais tempo.
Além disso, o crescimento do consumo em plataformas como TikTok, Reels e Shorts torna o vídeo curto um dos formatos mais poderosos. Segundo dados da Meta, anúncios em vídeo vertical otimizados para mobile têm taxas de conclusão até 3x maiores do que vídeos adaptados de outros formatos.
Dica prática:
• Aposte em vídeos de até 15 segundos, com mensagem clara já nos primeiros 3 segundos.
• Use legendas. Há muitos usuários que assistem sem áudio.
Criativos estáticos ainda funcionam, mas precisam de estratégia
As imagens estáticas continuam relevantes, especialmente em campanhas de remarketing e em plataformas em que o consumo é rápido. No entanto, o que diferencia uma peça que gera cliques de outra que passa despercebida é a clareza da proposta de valor.
O uso de cores contrastantes, chamadas diretas e elementos que destacam o benefício principal pode aumentar significativamente a taxa de conversão. Além disso, formatos em carrossel no Instagram e Facebook permitem contar uma micro-história, aumentando o tempo de interação.
Conteúdo gerado pelo usuário (UGC): autenticidade que vende
Outro formato que ganha força é o UGC (User Generated Content), depoimentos em vídeo, reviews espontâneos e conteúdos feitos por clientes reais. Marcas que incorporam UGC em seus anúncios reportam aumento de até 29% na taxa de conversão, segundo a Nielsen.
Esse tipo de criativo funciona, porque transmite prova social e autenticidade, algo cada vez mais valorizado pelos consumidores.
Teste A/B: não existe um único formato vencedor
Embora as tendências mostrem que vídeo, UGC e carrosséis sejam fortes candidatos a campeões de conversão, a realidade é que o melhor formato depende do público, produto e contexto.
A chave está em realizar testes A/B constantes:
• Compare vídeo curto vs. imagem estática.
• Teste um criativo institucional vs. um criativo focado em oferta.
• Avalie diferentes chamadas (CTA) e elementos visuais.
Com base nesses dados, é possível construir um banco de criativos de alta performance e refinar continuamente a estratégia.
Não há um formato único que funcione para todos os cenários, mas os dados mostram que vídeos curtos, criativos autênticos (UGC) e carrosséis bem estruturados estão entre os que mais convertem hoje. O diferencial competitivo vem da capacidade da marca de analisar dados, testar e adaptar-se rapidamente ao comportamento do consumidor.
Em marketing digital, o criativo não é apenas “a embalagem da mensagem”: ele é a própria mensagem em movimento.
