Cookies de terceiros são pequenos arquivos usados para rastrear o comportamento do usuário entre diferentes sites. Eles são o centro de estratégias de remarketing, atribuição de conversões e personalização de anúncios. No entanto, preocupações com privacidade, impulsionadas por legislações como a GDPR na Europa e a LGPD no Brasil, levaram empresas como o Google a anunciar a eliminação gradual desses cookies no Chrome, prevista para o segundo semestre de 2025.
No Meta, embora o impacto seja menos técnico e mais regulatório, atualizações no iOS da Apple e mudanças no navegador Safari já dificultam o funcionamento pleno dos Pixels do Facebook, reduzindo a acurácia do rastreamento e a atribuição de eventos.
Como isso afeta os pixels e o Google Analytics?
Facebook Pixel
Com a limitação no rastreamento, o Pixel coleta menos dados do que antes. Isso afeta diretamente:
A capacidade de remarketing com base em visitas específicas.
A otimização para eventos de conversão (como compras ou leads).
A eficácia do Lookalike Audience, que depende de dados confiáveis de comportamento.
Google Analytics (Universal Analytics e GA4)
No caso do Google Analytics, a situação é semelhante:
O Universal Analytics já foi descontinuado. O GA4, embora mais moderno, também depende parcialmente de cookies, e vem investindo em modelos preditivos baseados em aprendizado de máquina para preencher lacunas de dados.
Estratégias pós-cookie: para onde ir?
Com esse novo cenário, algumas ações assumem o papel de prioridade:
Server-Side Tracking
Migrar o rastreamento para o lado do servidor permite maior controle e confiabilidade dos dados. Ferramentas como Meta Conversions API e o Google Tag Server-Side oferecem mais precisão e privacidade.
First-Party Data
Invista na construção de dados próprios. Use formulários, CRM e plataformas de e-mail marketing para capturar informações diretas dos seus usuários, sempre com consentimento claro.
Plataformas alternativas
Explore outros canais com menor dependência de cookies:
TikTok Ads: alta capacidade de segmentação com base em comportamento in-app.
LinkedIn Ads: ideal para B2B com segmentação por cargo, setor e empresa.
Twitter Ads (agora X Ads): útil para engajamento em tempo real e públicos de nicho.
Modelos de atribuição baseados em IA
Tanto o GA4 quanto outras plataformas estão apostando em modelagem estatística para preencher lacunas deixadas pelos cookies. Embora ainda imprecisa em alguns casos, é o caminho mais viável a médio prazo.
Empresas que se anteciparem às mudanças, priorizando dados próprios, tecnologias server-side e diversificação de canais sairão na frente. Mais do que nunca, entender profundamente seu funil e suas fontes de tráfego será essencial para manter a performance, sem depender inteiramente dos cookies.