Viagens corporativas

Recuperação das viagens corporativas no pós-pandemia

Quando a pandemia explodiu, viajantes corporativos tiveram que trocar suas malas e passaportes por reuniões e eventos online. Enquanto a pandemia continua, pesquisas mostram que a volta das viagens corporativas irá acontecer de forma mais lenta do que as viagens de turismo.

Por isso, nós trouxemos neste artigo quais serão as etapas do retorno, quais setores serão menos afetados e quais países provavelmente irão retornar ao normal primeiro, além de dicas para gestores de viagens.

Em 2018, os gastos com viagens corporativas excederam o valor de $1,4 trilhões de dólares, o que totaliza 21,4% do setor de viagens e hotelaria a nível global. Mais da metade dessas viagens ficaram concentradas na China e nos Estados Unidos.

Além disso, como viajantes corporativos são mais propensos a comprar passagens de classe superior, os lucros gerados para companhias aéreas giram em torno de 55 a 75%, apesar de representarem apenas 10% dos passageiros. Da mesma forma, existem hotéis que dependem de eventos corporativos para serem lotados.

Isso nos mostra que além de movimentar a economia global, as viagens corporativas muitas vezes trazem lucros superiores às viagens de turismo para os stakeholders envolvidos.

Assim que for seguro para que os funcionários das empresas retornem a usar aeroportos e hotéis, o retorno acontecerá em fases. Os gestores de viagens devem estar acompanhando os indicadores locais de saúde pública e regulamentações governamentais, além das políticas de saúde e a disposição dos funcionários para viagens.

Retomada das viagens corporativas vai acontecer em etapas

Levando em consideração a distância de viagens, as viagens regionais irão retornar antes das viagens internacionais. Algumas empresas estão substituindo voos curtos por viagens em veículos pessoais ou de aluguel, até que sintam segurança de novo ao enviar seus funcionários para realizarem viagens de avião.

Alguns gestores de viagens com operações na Ásia, notaram que as viagens domésticas já estão aumentando em regiões em que a pandemia já se estabilizou, como na China. Entretanto, ainda estamos longe de um retorno total em qualquer região.

O retorno de viagens internacionais irá demorar mais tempo por causa da complexidade de regulamentações governamentais, quarentena mandatória, e o alto risco das políticas mudarem repentinamente. Em lugares como a Malásia e Cingapura, o governo está estudando a criação de corredores de viagens a negócios sob protocolos rígidos, para que haja exceções às medidas de quarentena, de forma a facilitar o desenvolvimento econômico.

Analisar os setores de mercado também é muito importante para determinar a trajetória do retorno das viagens corporativas. Cada setor utiliza as viagens a negócios para finalidades diferentes, e, por isso, alguns setores são capazes de substituir as viagens pela tecnologia. Além disso, mesmo que todos os setores tenham sido afetados pelo COVID-19, alguns foram mais atingidos do que outros e irão enfrentar restrições orçamentárias em suas viagens.

Setores industriais e voltados para a produção, como construção, imóveis, fabricantes de máquinas e equipamentos e produtos farmacêuticos, podem retornar mais rápido. Analisando o mercado chinês, que foi o primeiro a se recuperar, podemos notar que na comparação dinâmica das viagens de negócios antes da pandemia e durante a recuperação inicial da pandemia, esses setores se recuperaram mais cedo do que o resto do mercado. Enquanto isso, setores de serviços e conhecimento (como pesquisa científica e tecnológica) não retornaram de imediato, pois demonstraram maior adesão à tecnologia para substituir as viagens.

A recuperação das viagens corporativas vai variar pelo setor

A Europa e a América, em geral, possuem uma proporção maior de gastos com viagens concentradas em setores profissionais e de serviços e menos concentradas em setores industriais. Por isso, o retorno dessas regiões provavelmente vai acontecer de forma mais lenta, inclusive no Brasil, como é mostrado no gráfico abaixo.

Viagens corporativas nas Américas e Europa deve ser mais lenta

E como os gestores de viagens podem se preparar?

O primeiro passo seria entender que diferentes setores retornarão em momentos diferentes. Os gestores deverão ter um olhar crítico e analítico, analisando dados para tomarem decisões, além de serem flexíveis, pois é um momento de incertezas.

Se você é um gestor que cuida de várias empresas, é necessário que você entre em contato diretamente com os tomadores de decisões para entender as necessidades dos clientes e tirar insights. É importante ter esse contato próximo, marcando reuniões e tendo conversas extensas, em vez de apenas se conectar através de canais de relacionamento, como o WhatsApp.

À medida que o setor de viagens corporativas voltar, os fornecedores devem modificar suas operações e políticas para suprir as novas necessidades dos clientes. Hotéis e companhias aéreas provavelmente irão tentar inovar a experiência do viajante corporativo, em busca da recuperação da confiança desses clientes.

E por fim, a pandemia apresentou um desafio sem precedentes para todo o setor de viagens corporativas. Aquelas empresas que forem ágeis e acompanharem as necessidades dos clientes, irão emergir como líderes na recuperação pós-crise.

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21 de jun. de 2022